segunda-feira, 13 de julho de 2015

Peço desculpas a todos!!!!!!!!!!!!!

Voltei dos mortos!!!! \o/

Gente, eu simplesmente não acredito que eu fiz isso com vocês >.....<
Vocês devem estar me odiando por isso e querendo cortar a minha cabeça fora, mas eu também estou querendo me chutar pelo que fiz.
Não, isso não é brincadeira, eu realmente quero me chutar.
Eu sei que eu estou demorando DEMAIS para fazer absolutamente qualquer coisa, que sumi por 3 meses (isso é mais surreal ainda) e que não dei nenhum sinal de vida durante todo esse tempo, mas fiquem sabendo que eu NÃO abandonei o livro!
Uma coisa boa: Eu entro em férias nessa sexta \o/ ALELUIA MEU ANJO DO SENHOR!!!! E isso quer dizer apenas uma coisa: Capítulos virão até esse blog!!
Podem ter certeza, vou virar a noite escrevendo um cap atrás do outro para compensar esse atraso gigantescamente enorme até eu viajar --> (22/07). Mas quem disse que eu não vou roubar internet do hotel? >:)
Mais uma vez, me desculpem por essa burrada enorme, amo vocês ^v^

Beijos Gio.

(Quase esqueci, quem quiser puxar minha orelha, pode me mandar um e-mail (giovanna.belle.gb@gmail.com) gritando, esperneando e causando o apocalipse, ou colocar qualquer coisa nos comentários, está total e completamente autorizado!)

Agora sim, beijos Gio, amo todos vocês!! <3

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Capítulo 14 - Veneza Por Quê Não? - Parte 1

    Já era tarde quando saí do meio da festa. O rapaz havia me deixado lá com uma rosa na mão e um tanto confusa. Onde eu já vi isso?
    O que raios eu ainda fazia naquele lugar, praticamente vazio, horas depois dos festejos de Carnaval? Eu deveria estar procurando as mascaradas, ou algum lugar para ficar, mas não conseguia me mover de onde estava.
    Não conseguia tirar Guillermo da cabeça, mesmo que fizesse um enorme esforço. Eu deveria esquecê-lo, eu já tinha um namorado. Um namorado que eu nunca mais veria. Talvez fosse hora de seguir em frente e encarar os fatos: Talvez eu não consiga voltar para Corialle ou trazer meus amigos de volta, ou pior, nunca conseguir quebrar a Maldição. Um calafrio percorreu minha coluna, alcançando cada parte de cada nervo meu. Eu tinha tão pouca informação sobre ela, mas não era idiota, não deixaria que se concretizasse. Ou deixaria? É tão difícil!
    Para variar, tentei achar algum banco em uma praça, ou alguma hospedaria, mesmo duvidando que abrissem naquela hora. Eu sentia dor nos pés e nas costas de tanto caminhar e dançar. O salto machucava meus pés e minhas asas remexiam-se dentro de mim, e acredite, isso doía muito. Eu precisava liberá-las, mas sem ninguém vê-las.
    Lentamente comecei a abri-las, cuidando para não rasgar minha roupa ou que ninguém me visse ou ouvisse. Uma sensação de alívio se espalhou por meu corpo, me fazendo lembrar o longo tempo que não esticava as asas. Como era bom!
    Resolvi deixá-las fechadas e abaixadas e não recolhê-las, afinal, era noite e ninguém poderia notar que eu estava ali. Em vez de simplesmente procurar um lugar para dormir, poderia simplesmente dormir no telhado de alguém e esperar ser acordada pelo nascer do Sol. Não era má ideia.
    Andei até a construção do palacete da Duquezza, que parecia ainda maior sob a luz do luar.
    Me pergunto se ela se incomodaria de ver alguém dormindo no seu telhado.
    Comecei a passear por entre as sombras e os pilares, mesmo sabendo que naquela hora da noite era proibido, mas o que era uma regra quebrada diante da minha situação atual? Eu conseguia ver os guardas parados nas entradas, alertas, esperando algo acontecer.
    Não me importei muito com eles e fui para a parte de trás do palacete, onde voei até a parte menos perigosa do telhado. Minha cabeça dava voltas e eu estava completamente confusa sobre o que deveria fazer.
    - Se tudo fosse mais fácil... - Murmurei.
    Ouvi passos, me fazendo congelar no mesmo instante. Recolhi as asas o mais rápido que pude, até que um pequeno alçapão se abriu diante de mim e uma jovem mulher saiu dele com uma lanterna na mão.
    Droga!
    - Quem é você e o que está fazendo aqui? - Ela perguntou.
    Ainda congelada, não respondi. Comecei a andar para trás, porém cuidando para não escorregar do telhado.
    - Diga! - Ela inquiriu.
    - Delia. - Falei. Por que não dei um nome falso? Burra! Burra! Burra!
    - Você não parece ser daqui. - ela disse desconfiada.
    - Não sou. - Admiti. - E você quem é?
    - Eu sou a Duquezza Victoria. - Ela falou altiva. Estava com uma máscara, mesmo estando de camisola. Tinha olhos azuis e os cabelos castanhos ondulados, parecia ser um pouco mais velha que eu. Muito pouco. - O que você está fazendo aqui? E como subiu no telhado?
    - Eu tenho habilidades. - Falei convincentemente.
    - Sei... - Ela falou desconfiada. - Esqueçamos tudo isso, é melhor você entrar antes que alguém a veja aqui em cima.
    Acompanhei-a até a entrada do alçapão descendo as escadas até chegar em um corredor magnífico e extenso, com um tapete vermelho no chão.
    - Aqui é o meu quarto. - Ela apontou para a porta ao seu lado. - Você pode ficar aqui comigo, enquanto não encontro um quarto provisório.
    Entrei e dei uma boa olhada: Ele enorme, com uma cama gigantesca e muitos enfeites nas paredes. O espelho era enfeitados com rococós e parecia ser feito de mármore. Seu quarto tinha uma sacada, provavelmente a qual ela apareceu mais cedo naquela noite.
    - É melhor você ir dormir. Já são quase 3h da manhã.
    Comecei a ficar com muito sono, já não podendo distinguir o formato das coisas e caí no chão, praticamente desmaiada.
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Muito bem, sei que prometi o capítulo para no máximo terça-feira, mas realmente tudo está um pouco corrido para mim ultimamente. Este capítulo deve ter ficado um pouco curto, mas eu queria postar o quanto antes o possível.
Beijos e bom fim de semana.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Proposta

Olá pessoas!

Hoje (agora, para ser mais precisa) eu tive uma ideia, que talvez agrade vocês:
Eu estava pensando, já que eu ainda não sou ULTRA famosa e não posso ter uma "convenção literária", ou seja lá o que for, por que não fazer perguntas por aqui mesmo? Vá em frente e me mande um e-mail ou deixe nos comentários o que você quiser saber sobre o livro, sobre mim (qualquer coisa) ou sobre questões existencialistas, como o sentido da vida e quem veio primeiro: o ovo ou a galinha!

Para quem quiser saber, este é meu e-mail: giovanna.belle.gb@gmail.com
Se não tiverem e-mail, podem deixar nos comentários, sejam anônimos ou não.
Estarei respondendo perguntas até o final do mês.
Beijos Gio!

quinta-feira, 12 de março de 2015

Capítulo 13 - Stravaganza!


    Ainda com o diário na mão, corri para minha cama e me cobri até o pescoço. A porta estava trancada, então eu poderia garantir que ninguém me incomodaria.
    Sabendo da Revolução - que foi muito recente -, dos meus amigos que foram mortos, dos meus irmãos desaparecidos e da maldição, tudo ficava ainda mais difícil.
    Quando foi a Revolução? Eu deveria ter uns 6 ou 7 anos de idade. Duvido que ela tenha acabado tão cedo. Provavelmente ainda existem alguns rebeldes à solta e prontos para continuar o conflito.
    Seja como for, eu ainda não tenho um plano de ação, então é melhor eu começar a pensar.
    Eu poderia esperar as mascaradas aparecerem, ou procurar por elas. Se eu resolver procurar as mascaradas, é provável que elas não apareçam e posso muito bem acabar morta. Novamente.
    Este é um dos momentos que eu precisava que Amelia estivesse aqui comigo.
    A simples menção ao seu nome fazia meu estômago embrulhar, assim como o nome de Katherine, Anna, Nicholas e William.
    Tentei pensar em algo mais, como um lugar para ir, para conseguir informações, mas não consegui pensar em nada.
    A menos que... Aquela era uma ideia arriscada, mas poderia dar certo. Procurei por papel e caneta e deixei um bilhete para qualquer um que resolvesse entrar na casa, troquei a roupa por um casaco, camiseta de mangas compridas, outro jeans surrado, cachecol, botas e um gorro. Desta vez, eu iria para o Mundo Humano procurar por ajuda e, talvez, conseguir roupas novas.
    Como se eu me preocupasse com isso agora.
    Eu havia "pego emprestado" de Christine uma bolsa cheia de esferas, para conseguir me teleportar para talvez o único lugar que eu conseguiria encontrar algumas pistas de onde os meus irmãos estariam.
    Ou não.
    Não custava tentar a sorte.
    Peguei uma das esferas da bolsa e joguei no chão com força, pensando onde eu iria.

***
    Itália, 22 de fevereiro - Carnaval
 
    Eu havia chegado bem onde eu queria, porém na pior época possível. O Carnaval. Claro, não é como em certos lugares em que você se veste como se estivesse indo para a piscina, era absolutamente maravilhoso. Em vez das roupas de banho com glitter dourado, eram vestidos do século 18, com babados e enfeites delicados. As moças tinham máscaras nos rostos - suas tão famosas máscaras venezianas -, com penas, joias e pequenos desenhos as adornando. Os rapazes também levavam máscaras, muito simples, mas muito bem trabalhadas.
    Eu me sentia uma intrusa ali, com roupas de viagem e nem um pouco no clima de festa. Corri para a loja mais próxima que estivesse aberta e comprei o melhor vestido que consegui encontrar: Era roxo com vinho e a máscara dourada vinha de acompanhamento, com penas e joias a enfeitando. Consegui encontrar saltos altos que cobinavam com tudo. Paguei e vesti a roupa, que incrivelmente era muito mais confortável do que aparentava.
    Quando saía da loja, já toda arrumada, esbarrei em um rapaz alto e com cabelos pretos. Seu rosto estava escondido pela máscara prateada, apenas mostrando seus olhos azuis.   
    - Me desculpe! - Ele disse, se apressando em me levantar do chão. - Eu não havia visto você. - Percebi que ele tinha um pequeno sotaque italiano, quase imperceptível. Ele deveria ter 16 ou 17 anos.
    - Tudo bem. - Falei tirando a poeira do vestido. - Deve ser um pouco difícil sair dessa multidão.
    - Com certeza, mas isso vale totalmente a pena. - Ele apontou para a festa. As pessoas dançavam valsa enquanto a música tocava. Havia pelo menos 1000 pessoas reunidas em um só local. - Você não é daqui, não é? Digo, de Veneza.
    Por um momento eu não soube como responder. De acordo com o mapa dos dois mundos, Corialle seria um reino onde corresponderia a Moscou, na Rússia. Obviamente eu não poderia contar de onde eu era, ou de quem eu era.
    - Não, eu não sou daqui. - Minha voz saira um pouco trêmula. - Sou de Moscou.
    - Che bello! - Ele exclamou sorrindo. - Sempre quis ir para lá. Quer dar uma volta? Aqui tem muito barulho.
    - Pode ser. Sempre quis vir para cá.
    Saímos da festa e andamos até um jardim na cidade, com colunas de flores e pomares em todo o lugar.
    - Este é o meu lugar favorito em toda a cidade. - Ele comentou. - Eu vinha aqui quando era menor, então já conheço tudo. - O rapaz falou admirando o entardecer. A luz do sol batia nas árvores, fazendo com que adquirissem um brilho dourado.
    - Eu nunca estive em um ligar assim. - Falei maravilhada. - Nunca tive a chance de poder vir para a Itália.
    - Como assim?
    - Sabe, nós nunca pudemos sair muito de casa. Meus pais sempre trabalharam demais e nunca conseguíamos viajar. - Menti um pouco. Não era completamente uma mentira, mas também não era totalmente verdade. Meus pais trabalhavam, mas no palácio.
    Não me julguem.
    - Não cheguei a perguntar o seu nome. Como se chama?
    - Delia. E o seu?
    - Guillermo.
    Olhei para o céu, contemplando as estrelas que surgiam. Anoitecia rapidamente e eu deveria voltar.
    - Não seria melhor nós voltarmos? Já está ficando tarde. - Comentei.
    - Talvez. Iremos para a festa, agora os festejos realmente começam.
    - Como assim? - Perguntei curiosa.
    - É uma surpresa.
    Chegamos quando todos dançavam animadamente, até que a música parou repentinamente. Na sacada de um prédio antigo mais à frente, um homem começou a falar.
    - Senhoras e Senhores, dentro de alguns minutos o show anual de fogos de artifício do senhor Manzziare começará. Este espetáculo será excepcional, pois a Duquezza Victoria estará presente. Então, aproveitem.
    Uma salva de palmas foi ressoada, enquanto a Duquezza aparecia na sacada. Ela acenava para todos no andar de baixo sorrindo alegremente.
    - Que comecem os fogos! - Ela anunciou.
    Os fogos de artifício estouravam no céu multicoloridos, formando desenhos no ar. Um deles formou um desenho de um leão escarlate sobre as duas patas traseiras, outro foi uma águia pescando um peixe,  e algum tempo depois, uma máscara prateada gigante, muito semelhante a que eu tinha guardada no Refúgio, foi lançada no ar. Todos comemoraram após este último, e eu sentia um misto de alegria, êxtase e preocupação.
    - Bella Dama. - Ouvi Guillermo chamando. - Surpresa!
    - Foi realmente muito lindo. - Falei extasiada pelo show. - Todo ano é assim?
    - Mais ou menos. Nós temos a festa de carnaval com o show de fogos todo o ano, mas este foi diferente. Eu nunca havia visto desenhos como estes antes!
    - Nem eu. - Falei ainda desconfortável. Notei que ele olhava para mim de uma forma diferente, como nunca tinha visto em ninguém antes.
    Ele me enlaçou e me beijou carinhosamente, me fazendo esquecer de todos os meus problemas.
    - Quando poderemos nos ver novamente? - Ele perguntou após tudo ter terminado.
    - Eu ainda não sei. Talvez eu fique por alguns dias aqui. - Respondi um pouco zonza. - Mas não garanto nada.
    - Espero que fique mesmo. - Guillermo sorriu.

***

    Faltavam dez segundos para a meia-noite, e todos esperavam o final da quarta-feira de cinzas.
    - 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1...
    - STRAVAGANZA!!! - Todos gritaram. As pessoas voltaram a dançar, mais alegremente, como se aquilo fosse o Ano-Novo, mas era apenas o último dia do carnaval.
    - O que significa isso? - Perguntei. - Não estou acostumada ao italiano.
    - Isto é como um grito de guerra da cidade. - Ele deu de ombros. - Bom, agora preciso ir. Nos vemos depois, Bella Dama. - Ele jogou uma rosa para mim e desapareceu na multidão.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Aviso

    Meus lindos, não se preocupem que o cap 13 já vai sair, só deu um contratempo. Eu estou sem internet no hotel (esse foi um breve momento que o sinal apareceu e consegui postar isso) e depois que eu voltar - na semana que vem -, é o meu aniversário (22/02 para quem quiser saber) e na outra semana as aulas voltam. Eu só preciso de um tempo sem postar para conseguir acomodar tudo isso. Também estou com queimaduras solares pelo corpo todo e quase nem consigo deitar direito (quando digo no corpo todo, eu incluo até mãos e pés, pra vocês verem a minha sorte).
    Então, nesse meio tempo eu vou trabalhar mais no cap 13, para que ele fique bom.
    Beijos Gio.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Capítulo 12 - O Diário de Irina


   Fiquei horrorizada com o que vi na minha frente. Corpos mutilados estavam espalhados no chão. As paredes e o chão estavam sujos de sangue e o cheiro era muito forte. Conforme eu ia me aproximando, mais corpos apareciam.
    Mas o pior ainda estava por vir.
    Cheguei perto de um grupo separado que me chamara a atenção, e com certeza aquela foi uma das minhas piores decisões da minha curta vida. Eram os corpos dos meus amigos jogados sem vida no chão. Todos estavam ali, menos Christine.
    Abafei um grito, enquanto via meu mundo escorrer para longe de mim.
    Não pode estar acontecendo, isso só pode ser um pesadelo, pensei lutando contra as lágrimas.
    Ainda há um jeito de salvá-los..., uma voz ecoou pela minha mente. Esta luta é sua, não deles. Termine a sua missão e seja forte.
    Com isso em mente, tentei esquecer o que acontecera, apenas concentrando-me em abrir aquela maldita porta. Tentei puxar e empurrar, mas ela não abria de jeito nenhum. Perdi a paciência e soquei-a, um ato completamente estúpido e inútil, considerando que fiquei com a mão dolorida e a porta não abriu.
    Praguejei e olhei em volta, procurando por algo que indicasse que eu poderia encontrar a porcaria da chave da porcaria da porta. Passei os olhos por todo o lugar, até que eles pousaram em um canto escuro da parede, onde a luz não o alcançava. O papel de parede estava rasgado, mas não fora isso que chamara a minha atenção: havia algo escrito sob ele e outras duas saliências. Puxei-o com força e este revelou uma pequena frase, juntamente com uma minúscula chave de formato estranho da pequena saliência e um pequeno livreto da maior.
    Você nos deixou para morrer.
    Estremeci diante da frase, mesmo sabendo que não era verdade. Botei o livreto no bolso e peguei a chave, colocando-a na fechadura e correndo para fora daquele lugar horrível. Corri escada acima e forcei o frágil alçapão do porão, fazendo com que quebrasse facilmente. Cheguei na casa novamente e tranquei a porta da frente e dos fundos, para que nada nem ninguém me surpreendesse.
    Fui para a sala de estar novamente, desta vez mais calma que antes. A casa estava estranhamente vazia e silenciosa, e parecia que John já havia ido embora.
    Belo amigo!
    Sentei em uma das cadeiras da sala de estar e peguei o livreto do meu bolso. Eu estava determinada a lê-lo.
    "Este diário pertence à Irina Ivanova Paraskevi", dizia a inscrição da primeira página.
    - Muito bem. - Falei decidida. - Vamos fazer isso.

***

    18 de outubro
    Era uma tarde ensolarada de outono, mesmo fazendo frio. Estávamos em um piquenique familiar novamente, assim como fazemos todo o domingo. É sempre bom aproveitar a família de vez em quanto, mesmo quando eu quero ficar no meu quarto enrolada em um cobertor, tomando chocolate quente e lendo um bom livro. Mas nem sempre temos tudo o que queremos, não é?
    Enfim, todos nós conversávamos, felizes por tudo que acontecia no momento, enquanto Delia e Nikolai corriam pelo campo. Nossa, eu nunca havia visto crianças tão agitadas quanto eles. Mesmo assim, além da família, Mamãe e Papai nos deixaram trazer alguns amigos para cá, e, como deve saber, trouxe minha amiga inseparável: Rosemary Bonnet.
    Rose estava nos contando de sua última viagem para o Mundo dos Humanos, onde havia ido para um vilarejo da Inglaterra. Diz ela que é um dos poucos lugares onde há portais, refúgios com total segurança e academias apropriadas para estudo. Ela tentava convencer meus pais para que mandassem Delia para lá, afim de aprimorar seus estudos, mas eles não gostaram muito da ideia. Disseram que poderia ser muito arriscado uma garota de 5 anos ir sem os pais e que preferiam levá-la para Harmony School, aqui em Corialle mesmo.
    - É verdade que você já foi para Winnigham? - Delia chegou com o rosto vermelho. - Eu sempre quis ir!
    - Você é muito nova e descuidada para ir para lá! - Papai advertiu.
    - Sim, eu já fui. - Rose disse rindo. - Mas seu pai está certo, você é muito nova ainda para ir.
    Delia sorriu e sentou para almoçar, sendo seguida por Nikolai.
    - Querida, arrume o seu cabelo! Não deixe-o cair no rosto. - Mamãe falou ajeitando os cabelos ruivos de minha irmã.
    - Mas mãe... Assim eles incomodam mais! - Delia reclamou. - Eu gosto deles soltos.
   Soltei uma risadinha. O que será de nós quando esta garota crescer?
   O resto do piquenique foi tranquilo. As crianças dormiram depois de comer alguns sanduíches, Kristina mostrou alguns "truques" que Skylar, sua coruja-de-igreja, podia fazer, Rose contou mais algumas histórias e Papai tocou algumas músicas com seu violão.
    Agora preciso deitar, pois preciso estar descansada para o Desfile Real amanhã, no qual passaremos por todo o reino.
***
    19 de outubro
    O Desfile foi ótimo! Todos adoraram as brincadeiras dos meus irmãos mais novos, as acrobacias aéreas de Skylar... Foi tudo lindo. As ruas estavam enfeitadas com flores e tecidos de seda coloridos com o brasão do reino pendiam das paredes. Fogos de artifício apropriados para a luz do dia estouravam nos céus.
    Ah, quase esqueci! Amanhã é o dia que A. chega de suas viagens. Estou tão feliz! Até onde eu sei, ele e sua família estarão hospedados no Casarão.
    Mal posso esperar até lá.

*** 

    20 de outubro

    A. nos contou um pouco de suas viagens pelo mundo humano. Ele foi ao Tibet, Marrocos, França, e muitos outros lugares desse tipo. Claro, eu nunca fui em lugares assim, mas diz ele que são extraordinários. Parece dizer a verdade, pois parecia cansado e um tanto abatido. Resolvemos deixá-lo descansar um pouco e dentro de alguns dias iremos visitá-lo.

***


    Fui lendo o diário de pouco em pouco, algumas páginas estavam destruidas, outras arrancadas, mas o que mais me chamou atenção eram duas cartas que caíram dele.

***

     4 de dezembro

    Querida Rosemary,

    Sei que não nos falamos há quase um mês, mas eu realmente preciso da sua ajuda.
    Você tem uma casa em Nuvia que não usa, não é? Sabe, aquela cidade no condado de Katrinemburgo. Nós precisamos nos afastar de Corialle o mais rápido o possível. Parece que descobriram o segredo de Delia e da nossa família.
    A Revolução já começou e está perto de chegar aqui no reino, então eu preciso de um grande favor seu: pode nos "doar" a casa até a Revolução acabar?
    Por enquanto estamos bem aqui no palácio, mas do jeito que as coisas estão, nós precisaremos sair daqui o quanto antes. Tente responder o mais depressa que puder.
Irina
    5 de dezembro

    Querida Iris,

    Mas é claro que pode ficar lá! Sei que com a Revolução chegando em Corialle, tudo ficou mais difícil. Temo que vocês serão os mais atingidos por isso, mas pensem que é apenas parte do povo contra vocês.
    Claro, isso não é nem um pouco relaxante, mas são poucos os rebeldes.
    Vai dar tudo certo, eu prometo. Qualquer coisa nós temos como nos comunicar.
    Bem, aqui vai o endereço:

    Rua Maxindale, 723 - Bairro Moonlight.

    Espero que fique bem.
Rose

***

    Terminei de ler poucos minutos antes dos primeiros raios do luar. Aproveitando a escuridão, voltei para a entrada do Refúgio, me trancafiando dentro de casa, para que ninguém percebesse que eu estava lá.
    Eu estava sozinha nessa.
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Nota: OK, eu sei que esse cap demorou MILÊNIOS para sair, e que ele pode estar muito ruim. Peço desculpas por isso, mas não prometo que não vai se repetir, só vou me esforçar ao máximo para postar. Eu ainda não sei qual será a frequência das postagens, mas a princípio seguirão sendo semanais.
Beijos Gio ♥

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Novamente atrasada e Pedindo desculpas.

    Meu Deus!
    Eu realmente preciso parar de gastar tempo e finalmente me concentrar no que é importante (no caso, ideias novas, escrever os capítulos, etc.), mas eu simplesmente não consigo.
    Nestas férias eu esperava conseguir escrever o conto com mais facilidade, mas acabou que o tiro saiu pela culatra e tudo deu errado. Durante esta viagem que fiz para Foz, agora no Ano-Novo, eu saía constantemente do hotel e consequentemente precisava "roubar" a internet dos restaurantes, shoppings e outros lugares que eu ia (o que muitas vezes não dava muito certo). Quando eu chegava no hotel, muitas vezes eu não tinha a inspiração que eu precisava ou a paciência que me faltava, e quando eu finalmente conseguia o que eu precisava, a internet caía, eu precisava sair para jantar/fazer outro passeio, ou - raramente - faltava luz, algo que realmente aconteceu em um dos dias da viagem.
    Agora, eu estou na casa da minha avó, novamente sem internet, e disputando o único computador que existe na casa inteira com meu irmão, minhas tias, pais, cachorro, gato, periquito, papagaio... Praticamente todos da casa querem usar a porcaria do computador.
    Enfim, eu PROMETO que eu vou terminar a lindeza deste capítulo, e, se precisarem, podem me dar um belo puxão de orelha e dar sugestões de como eu posso ter mais tempo, paciência, criatividade/inspiração e internet para conseguir fazer isso, nos comentários.
    Bem, espero que vocês tenham tido um feliz Natal e um bom Ano-Novo, e se me derem licença, vou terminar o capítulo 12.
    Beijos e boa sorte para mim! :p