quinta-feira, 17 de julho de 2014

Capítulo 2 - Chegada


    Não acreditei em meus olhos quando vi a paisagem. Era algo lindo para algo que eu pensei ser um deserto com grama morta e com casas escondidas em folhas e outros lugares. Justamente o contrário: florestas abundandes, lagos e córregos limpos e grama viva e verde.
    Algumas casas se encontravam em amontoados de folhas, as quais formavam um abrigo para quem as visse, outras em lagos límpidos e outras mais em cima de galhos de árvores.
    Os habitantes eram bem diferentes das Crystales, mas haviam alguns Elfos junto. Eles tinham a pele e olhos claros, cabelos de cores variadas e formas diferentes marcadas nos braços, nos pulsos e nas costas das mãos. Algumas mulheres levavam cestas nas costas, poucas delas de mãos dadas com crianças e as crianças se balançavam nas árvores, com balanços de cipós. Os homens levavam espadas na mão e outras armas. Eram fortes e robustos, guerreiros natos, enquanto as mulheres eram delicadas e bonitas.
    - São Ninfas e Elfos. - Christine disse. - Convivem em paz e nunca houve uma batalha sequer entre os clãs.
    Olhei para as famílias. Pareciam tão felizes juntos.
    - Isso é bom. - Falei depois de algum tempo. - Não vamos esperar uma briga entre clãs.
    Christine sorriu docemente para mim. Ela também observava as famílias.
    - O que aconteceu? - Perguntei.
    - As ninfas. - Christine respondeu repentinamente. - São sua família.
    - O quê?! - Exclamei. - Como assim?
    - A maioria dos seres mágicos vêm da Lua, incluindo os Filhos da Lua. As Ninfas e os Elfos são provenientes da união da Lua e da terra, assim como você. A única exceção é que você vem diretamente da Lua, mas têm poderes da terra. Então tecnicamente são de sua família. - Seu pensamento tinha lógica. Minha cabeça girava com tudo isso e eu me sentia feliz por ter encontrado meus semelhantes. - Bom, vamos encontrar a sua casa.
    Fomos ao centro do Refúgio, onde estavam as casas. Lá era um lugar movimentado, com muitas pessoas passando em animais estranhos, como grifos, pégasus, etc. Parecia ser um centro comercial cheio, com vendedores gritando e, bom, vendendo.
    - Segundo este mapa, a sua casa é a número 508 da rua Alanta Allison.
    - Qual bairro? - Anna perguntou.
    - Snowflake. - Christine respondeu. - É um bairro limpo e silencioso, acho que vão gostar.
    - Que bom! - Falei. - É melhor nos apressarmos. - Consultei o mapa e vi que era na próxima rua.
    Caminhamos até as casas. Seriam separadas, uma para garotas e outra para garotos. Chegamos alguns minutos mais tarde, ao ver duas casas enormes escondidas em meio das folhas e em cima de uma árvore.
    - A de vocês é a em cima da árvore. - Christine falou para mim e para minhas amigas. Sendo assim, os garotos ficaram com a escondida atràs das folhas
    Subimos afobadamente a árvore, a qual era um carvalho, e entramos. Estava vazia e estava mais fresco do lado de dentro, ao contrário do lado de fora, que fazia um calor insuportável. Havia apenas quatro camas e uma escada que levava para o segundo andar.
    - Parece que temos que colocar nossas coisas aqui. - Katherine disse.
    - Não sei se vou conseguir me acostumar com isso. - Amelia falou.
    - Agora esse é nosso lar. - Disse eu. - Temos que nos acostumar a esta vida nova, se quisermos sobreviver...
    - GUARDAS! - Alguém do lado de fora gritou.
    Todos começaram a se esconder. As casas que estavam escondidas em buracos foram tampadas por terra e grama, as com folhas por cima, tiveram o trabalho de serem escondidas por outra rede de folhas, assim como a nossa a qual se encontrava em cima de uma árvore. Era um trabalho cuidadoso e apressado ao mesmo tempo. As pessoas correram para dentro de suas casas e nenhum barulho foi ouvido após tudo isso.
     Homens com armadura e capacetes apareceram perto de nosso carvalho, procurando por pistas.
     - Nenhum sinal dos fugitivos. - Um deles falou.
     - Tem certeza? Eles podem estar aqui. - O outro disse
     - Recebi notícias de que a garota pode estar aqui. - Disse o primeiro olhando em um um monitor colado no seu pulso.
     Mas o quê...
     - É melhor voltarmos mais tarde. - O segundo falou virando de costas. - É provável que eles apareçam.
     Eles partiram e todos os outros seres reapareceram de seus esconderijos. Os guardas haviam deixado uma dúvida: Quem será esta garota?

2 comentários:

  1. Acho que essa garota devia ser a Delia e ela devia usar um sobrenome falso para as pessoas n saberem quem e ela( tipo Delia Naieme ); ou eles n sabem q o sobrenome da tal garota?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Adorei a ideia. Já estou escrevendo isso no capítulo 3. Apenas mudei o sobrenome.
      Beijos Gio.

      Excluir